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Uso do Carvão Vegetal na agricultura Moderna e Ancestral é uma realidade, depois de muita observaçao nas TERRAS PRETA DE INDIO na Amazônia pesquisadores desenvolveram esse exceletente condicionador de solo + aminoácidos de peixes, leia o texto abaixo e entenda como o carvão vegetal na agricultura pode ajudar contra o Aquecimento Global e ainda ajudar a vocês tirar as melhores colheitas com fartura e qualidade.
Uma técnica agrícola conhecida há milhares de anos pelos índios da Amazônia está sendo resgatada e avaliada como uma alternativa para lidar com o aquecimento global. A prática de adicionar o carvão resultante da queima de matéria orgânica à terra aumenta a fertilidade do solo, a produção agrícola e a eficiência do seqüestro de carbono da atmosfera, além de ser mais uma fonte de produção de energia.
Pelo método mais usual de se
capturar carbono, as plantas absorvem o dióxido de carbono (CO2) da
atmosfera pelo processo da fotossíntese. No entanto, quando esses
vegetais morrem, são decompostos por microorganismos, que acabam
liberando o CO2 novamente no ambiente. Esse ciclo faz com que a remoção
do carbono não seja permanente.
A redescoberta de uma técnica chamada de “biochar”
ou biocarvão (que na região da Amazônia resultou na conhecida Terra
Preta dos Índios) mostra que, quando as plantas são queimadas na
floresta, parte do carbono absorvido por elas se transforma em carvão e
se torna resistente ao ataque de microorganismos. Dessa maneira, o CO2
fica armazenado no solo por centenas ou milhares de anos.
O biochar
é obtido a partir da transformação da biomassa (madeira, plantas,
resíduos florestais) em carvão pelo processo de combustão conhecido como
pirólise – caracterizado pelo aquecimento na presença de pouco ou
nenhum oxigênio. A produção de biochar
exige a queima a temperaturas superiores a 400 graus. A pirólise, sem
oxigénio, permite reter de 20% a 50% do carbono presente nestes
materiais.
Potencial
Um dos maiores defensores dessa
idéia é o pesquisador Johannes Lehmann, da Universidade de Cornell, nos
Estados Unidos. Ele e seus colaboradores estudaram solos agrícolas de
civilizações anteriores e perceberam o imenso potencial dessa “terra
preta” para seqüestrar carbono e fertilizar a terra ameaçada pela
desertificação.
Na região amazônica Lehmann
percebeu que os teores mais altos de matéria orgânica encontrados em
alguns locais eram resultado da deposição por centenas ou até milhares
de anos de restos vegetais carbonizados, assim como de restos de comida e
ossos - o que conferiu aos solos características químicas, físicas e
biológicas que os tornam desejáveis do ponto de vista agrícola.
O pesquisador propõe que resíduos de plantas ou plantações voltadas para bioenergia sejam transformados em biochar
como uma maneira de estocar carbono. O carvão resultante do processo
ainda pode ser queimado para se produzir energia, mas essa prática,
diferentemente do enterro do material no solo, não armazena carbono.
Lehmann e seu colega John Gaunt calcularam que o estoque de biochar
no solo produz 30% menos energia do que a sua queima, mas evita emissão
de CO2 em duas a cinco vezes. A quantidade de carbono poupada com
armazenamento de carvão é muito maior do que a que se poderia poupar ao
usar o biochar como um substituto para os combustíveis fósseis, explica Lehmann.
“Um consenso geral é de que mesmo
que se invista e utilize a maior proporção possível de biomassa para
produção de energia, as nossas necessidades energéticas nunca serão
supridas. Então, o que a bioenergia pode fazer com a opção do biochar é reduzir emissões e representar carbono fora da atmosfera”, avalia.
Mais estudo
Autores de um artigo publicado na
última semana na revista Science descobriram que o carvão pode
desencadear atividade microbiana quando misturado a outros componentes
do solo - aumentando a liberação de carbono do húmus e compensando
benefícios potencias da técnica.
O pesquisador da Universidade
Sueca de Ciências Agrícolas, David Wardle, e seus colegas, colocaram
pacotes contendo carvão e húmus (meio a meio) em três locais diferentes
de uma floresta da Suécia e deixaram o experimento lá por dez anos.
Depois desse período, a quantidade de carbono e massa perdidos foi maior
nos pacotes que continham a mistura (23%) do que naqueles com
componentes individuais (15%).
O carvão possui uma grande área de
superfície e absorve bem as moléculas orgânicas, criando um ambiente
que acelera degradação do húmus por microorganismos, explica Wardle. “Eu
não discordo que o carvão possa ter um grande potencial, mas precisamos
reconhecer que ele não fica apenas lá parado”.
“Será muito importante olhar para as implicações do ciclo natural do carbono negro e para o avanço da adição do biochar
ao solo como meios de seqüestro de carbono”, afirma Lehmann. No
entanto, ele diz que não vê nenhuma evidência que possa alarmá-lo mais
do que a idéia de colocar biochar
no solo para aumentar a captura de carbono pelo solo. Ele observa ainda
que o ambiente da floresta boreal na Suécia possui uma camada mais rica
em matéria orgânica para as bactérias se alimentarem do que os solos de
agricultura – onde o biochar provavelmente seria acrescentado.
2 comentários:
Carvão vegetal é um antibacteriano.
Elimina ácaros do ambiente.
Nas plantações de tomate, pimenta, pimentão onde as bactérias atacam as plantas debaixo para cima o carvão pode conter bem tais bactérias.
Como devo usar o carvão na hora do plantio ou durante
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