Guia Cultivo - Indoor

Editorial:

Neste espaço do nosso blog teremos conhecimentos sobre o cultivo caseiro de cannabis Medicinal!

A todos que desejarem contribuir com este espaço ele é seu!

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1º - Artigo

Noções basicas de cultivo interior de cannabis



Antes de passarmos ao exemplo do auto-cultivo, gostaria de fazer entender que cultivar cannabis é fácil, mas recriar dentro de um armário as condições ambientais do exterior, e que estas sejam próprias para esta planta em questão, já é um pouco mais complicado, ainda que também esteja na área das coisas simples.


Assim sendo, aqui quero deixar indicações que facilitem de alguma forma essa recriação, para interior claro, algumas dicas de como se poderá construír em casa certas partes, certos materiais, de como se poderá ou não desenrascar uma ou outra parte do grow a ser construído, evitar ter que se comprar de origem, ou aquelas que deverão ser mesmo originais.

1- VASOS- Os vasos quadrados são os melhores para acondicionar melhor o espaço e conseguir dessa forma ou meter mais vasos, ou meter vasos maiores. Deverão ser opacos, no caso de não serem a melhor opção é o papel de alumínio de cozinha e um pouco de fita cola.



Possibilidades: -copos de yogurt pequenos para semear e enraizar.


-garrafões de água de 5l ou arrafões de lexívia de 5l. Para crescimento e também para floração.

-garrafas de 1,5l de água, para crescimento e também para floração em micro-cultivos.

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2-SUBSTRATO(vulgo:mistura própria-terra+perlita+vermiculita)

-O principal a reter é de que o substrato tem que ser arejado e tem que deter nutrientes suficientes para o tempo em que vão estar neles, assim como a respectiva vida microbiana(contida na terra e estrumes/húmus mas também poderão, se necessário, ser adicionadas. Para hidropónico isso tem mesmo que ser feito, através de fertilizantes líquidos que contêm microorganismos mas também poderão ser adicionadas colonizações de bactérias para incremento ou se mesmo necessário. Para arejamento/leveza/drenagem do substrato normalmente usa-se um material granulado e branco, que é nada mais que vidro vulcanico, extremamente leve, chamado PERLITA e também outro material igualmente leve mas castanho, chamado VERMICULITA e que tem, para além de arejar, a função de reter a humidade, já que ao contrário da Perlita, que só retém água na superfície porosa, os grãos de Vermiculita ensopam de água, e para abono de nutrientes adicionam-se então fertilizantes como estrumes vários, sendo os mais indicados o "Húmus de minhoca" como fornecedor de, em especial, Nitrogénio(N) indicado para crescimento/vegetação e também para floração o "Guano de morcego" que fornece em especial Fósforo(P) e Potássio(K).


AREIA- serve para usar em vez da Perlita, mas não pode ser usada areia da praia por causa do sal, nem areia de outro lado qualquer por causa das bactérias nocivas que poderá, com quase toda a certeza, contêr. Para este tipo de conceitos, é necessária ter a noção do que é a diferença entre uma planta estar na terra e estar num vaso dentro de um armário ou similar, e ter essas noções sempre presentes. Por exemplo, em outdoor, na rua, existem insectos nocivos mas também os beneficiários, existem as bactérias nocivas mas também todas as outras, beneficiárias directas e não-directas. Tudo se equilibra, normalmente e usualmente assim é. Já num local fechado, pode por exemplo haver uma colónia de insectos malignos e nada de beneficiários, na terra mãe tudo se dispersa e num vaso tudo fica retido e assim por aí afora, em tudo o resto.



TERRA-Deve-se sempre fazer um esforço(se necessário sobre-humano)para arranjar terra preta de saco, e que o seu ph seja neutro, pelo menos não menos de 6,5 e não mais de 7,5, sendo preferível para mais do que para menos, já que o substrato tende a acidificar por si próprio, devido essencialmente á decomposição dos nutrientes (os estrumes/húmus são ácidos, assim como a maioria dos fertilizantes líquidos), e não a alcalinizar, excepto claro se se adicionar algo que provoque essa alcalinização, como seja por exemplo adicionar Cálcio(Ca) ou Cal Dolomítica(cal mole; inglês:dolomite lime).


ADUBO-Adubar o substrato-Pode-se usar qualquer tipo de estrume, sempre de saco para o caso do indoor(interior), tendo somente atenção ao ph e também se o estrume em questão não está demasiado enriquecido com algum dos nutrientes sec. ou micro-nutrientes, como por exemplo Ferro(Fe), que é normalmente o que costuma suceder, p. ex., com o esterco de ovelha e cavalo. O mais indicado é no entanto o Húmus de minhoca(caca de minhoca) para todo o ciclo de vida e Guano de morcego para a fase de floração, normalmente adicionado somente ao substrato no último transplante. Pode também ser adicionado por cima de forma a ser levado para as raízes depois pela água da rega.


ARLITA-Vulgarmente conhecida como "argila expandida" ou "bolas de argila expandida", é o ideal para uma das coisas também essenciais, a boa drenagem do próprio "vaso/contentor". Metida no fundo do contentor, permite uma melhor saída do excesso de água assim como evita que as raízes do fundo fiquem ensopadas com alguma água que aí permaneça.


Possibilidades: cascalho, para obras ou do rio, sempre, sempre muito bem lavado e se possível desinfectado com lexívia e bem enxáguado antes de ser utilizado.

ÀGUA- a cannabis necessita, para que possa absorver bem os nutrientes, que tanto a água como o substrato tenham um ph próximo do neutro, mas ligeiramente para o ádido, o que significa um ph de mínimo 6,2(mínimo!) e um máximo de 6,8. (Para hidropónico seria um mínimo de 5,5 e um máximo de 6,2). De reter que a grande maioria dos fertilizantes líquidos são ácidos e que por conseguinte baixam o ph da solução de rega(água+fertilizante+(etc).


REGAS- a diferença entre uma boa rega e uma má rega, é a diferença entre encharcar e deixar secar. A cannabis necessita muito oxigénio nas raízes, portanto um substrato encharcado será pobre em oxigénio. No entanto, o substrato nunca deve secar na totalidade. A boa rega consiste em manter o substrato húmido e nunca encharcado, excepto se e quando se proceder a uma lavagem de raízes.


FERTILIZAÇÕES-para além da cannabis ser uma planta de muito alimento, tb cresce com pouco, aquilo que interessa é que nós não cultivamos 1 ou 2 ou 10 couves para que dêem qualquer coisa, cultivamos para que dêem o mais que puderem, logo, necessitam sim senhor de muito, muito alimento. Há que encontrar as diferenças óbvias entre uma planta ornamental e uma planta de cannabis em plena produção, coisa que muitas vezes não consegue ser compreendida pela maioria dos principiantes.


Regras base da fertilização-1ºcomeçar sempre com uma dose mínina, 1/4 da dose mínima indicada pelo fabricante, e ir incrementando por pelo menos 2 a 3 fases.

2º-não fertilizar antes dos 15dias, mínimo, sendo que se estiver num contentor grande com boa terra muito difícilmente o necessitará tão cedo, relegando para o 1 mês de vida a 1ª fertilização, sendo que muita gente só o começa a fazer aquando do início da floração, e nunca antes, excepto claro se houver carências pontuais.

MÈTODO BASE DE CULTIVO- a cannabis é uma planta que cresce de semente, floresce, é polinizada, produz as sementes e depois geralmente morre. O nosso objectivo é dar algum crescimento, colocar a florir, evitar as sementes e colher as flores/cálixes sem sementes (sinsemilla).


1º-germinação:num prato ou tupperware, colocar um molho de folhas de papel de cozinha ou uma mexa de algodão, humedecer e colocar as sementes, de seguida dobrar metade por cima delas. Tapar mas não herméticamente, no escuro, de preferência a não menos que 18º, sendo o ideal 23º, 26º de temperatura. Não deixar secar, e também não ensopar, tendo em conta que a folha de cozinha seca muito mais rápido que o algodão, e este último comporta muitíssimo mais oxigénio que as folhas de papel, e geralmente só necessita de ser humedecido ao início, uma só vez. Com sementes em bom estado, a germinação bem feita geralmente acontece em 24h/48h e numa taxa de 99 a 100%. Tudo o resto são cantigas.

PLANTAR- num copo ou vaso pequeno(150ml-0,5l-1l) com a mistura préviamente feita bem humedecida(não só mantém o entorno da semente húmido como activa o substracto), fazer um furo ao centro de não mais de 0,5cm de fundo, colocar a semente já com a radícula(raíz) de fora com a ponta a apontar para baixo, tapar levemente mas pressionando de forma a não ficar bolsa de ar, e nem a ficar demasiado apertado. Usar o bom senso.

TRANSPLANTES-Imaginemos que começámos num copito de 150ml, com mais ou menos 1 a 2 semanas e 3 a 4 pares de folhas podemos passar para um vaso maior, de digamos 1l ou mesmo para o vaso final que poderia ser de digamos 5l ou 10l.

Convém regar antes de transplantar, para que as raízes estejam húmidas e o "bolo" aguente sem "desenformar", no entanto no caso de um transplante de um vaso já grande para outro maior é preferível transplantar antes de regar para que o peso seja menor e saia mais fácilmente. No entanto em transplantes pequenos a médios, os transplantes de crescimento, é aconselhável regar sempre antes, em especial no 1º.

Apertar ligeiramente, rodando entre as palmas das mãos, virar para baixo e se necessário dar uma ligeira pancada no fundo do vaso, segurando com a outra mão, como se tivesse a despejar a terra na palma, com o caule da planta entre os dedos, retirar o vaso e colocar imediatamente o "bolo" no buraco préviamente moldado com um dos antigos vasos pequenos, no substracto do novo vaso. Não prensar a terra mas também não deixar "bolsas de ar", sejam entre o "bolo" transplantado e o novo substracto sejam entre este e o rebordo do vaso. Regar.

FLORAÇÂO-a cannabis pode ficar em vegetação quase indeterminadamente, mas com 15 dias, se estiverem com um mínimo de 4 a 6 pares de folhas e uns 20cm já se podem pôr a florir. O ideal seria pelo menos 1 mês.

A cannabis floresce reduzindo o fotoperíodo de 18h luz e 6h escuro(ou também 24h luz, ou 16h/8h, ou 14h/10h) para 12h/12h(ou 13h/11h), sendo que as fases deverão ser sempre contínuas, e nunca interrompidas, sob pena de poderem revegetar, estagnar, stressar e por exemplo manifestar os traços hermafroditas que poderão contêr, umas mais, outras menos.

O Tempo de floração depende de factores genéticos mas também ambientais, sendo que geralmente as sativas acabam mais tarde em outdoor e podem levar mais tempo em indoor, e digo podem porque existem fenótipos de predominância sativa e até sativas puras de interior que acabam no mesmo tempo das indicas, apróximadamente 2 meses(60/70dias).

Quando a planta tiver mais ou menos 1,5mês, começar a observar quando os pistílos começarem a ficar mais depressa castanhos/laranja/vermelho em baixo do que aparecem brancos em cima, e quando estiverem uns 50% a 80% coloridos a altura é boa para cortar. A sabedoria popular diz que com menos maturação o efeito é mais cerebral, e pelo inverso com mais maturação o efeito é mais corporal. E com efeito parece estar correcta.


CORTE-cortar a planta inteira, e pendurar virada para baixo dentro de uma caixa de cartão ou numa dispensa ou quarto escuros, usando o 1º ramo para segurar no fio ou cortar ramo a ramo e pendurar um a um nos mesmos sítios. Podem-se retirar antes as folhas maiores ou não, sendo que, como o cortar os ramos ou pôr a secar inteiras, faz com que a planta seque mais ou menos depressa, sendo que por exemplo no Verão é aconselhável deixar as folhas de forma a que, devido ao extremo calôr, elas não sequem demasiado depressa, se retenham mais tempo para a clorofila decompôr e tabém para que não sequem demasiado.


SEXO- Entre 1 a 2 semanas depois de as colocar no fotoperiodo de 12h/12h, começarão a mostrar as chamadas pré-flores, que podem ser macho, fêmea ou ainda as duas coisas(hermafroditismo). O sexo é determinado pela genética, mas a cannabis é uma planta também hermafrodita, e com as condições certas qualquer planta de cannabis pode mostrar flores de outro sexo(hermafroditismo), em especial em condiçõesde stress.
Flores fêmea-
Flores macho-

Otimo video para quem ta começando: Jorge Cervantes